O Culto à Santíssima Virgem e o seu papel no Plano da Salvação-04


No entanto, como o Apocalipse versa sobre o fim dos tempos, não se nota porque Israel teria um papel fundamental de luta contra o Dragão, uma vez que se trata de um texto cristão e que a Igreja cristã extrapolou e se desvinculou de Israel, ao menos social e politicamente. Ademais, vimos também que o relato retoma as figuras do Gênesis, que dizem respeito a Jesus e a Maria. Depois, é o mesmo João que exprimirá as relações entre Gênesis e o seu Evangelho, atribuindo novamente o papel da Mulher a Maria.

O texto então se refere a uma série de afirmações que parecem, agora, melhor se adequar à Igreja. Vejamos:

"A Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias." (Ap 12,6)

Alguns julgaram ver aqui uma referência à famosa fuga ao Egito que José e Maria empreenderam quando estavam a fugir de Herodes. É possível? É. Quanto tempo Jesus e seus pais ficam no Egito? O Evangelho de Mateus, único a relatar o fato, não diz. No entanto, 1260 dias é um número conhecido. Ele aparece em outro texto do Apocalipse, como 42 meses (Apo 13,5), e como "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (12,14), o que lhe é equivalente. Esta última expressão e este tempo aparecem também em trechos de Daniel (7,25; 9,27 e 12,7). Em todos estes textos, o Templo de Deus está sendo perseguido pelo invasor, o que estabelece a "abominação da desolação". Portanto, pode-se sugerir que a Mulher em questão aí simboliza também a Igreja. O deserto, na tradição bíblica, é sempre o lugar para onde fogem os perseguidos. A Igreja, no mundo, será perseguida e deverá viver da vida divina, sendo uma força não mundana. Este exílio cessa depois de um tempo. O Apocalipse nos mostra que o término coincide com a Parusia.

Então, possivelmente há aí um texto que traz, fundidas, essas duas figuras: Maria e a Igreja. O Dr. Scott Hahn, a este respeito, escreve:

"A tipologia bíblica nos leva a ver Maria como a nova Eva, a mãe de todos os viventes, a mãe da aliança da Família de Deus. A tipologia também nos mostra maria como a noiva de Cristo. No auge das Escrituras, porém, no livro do Apocalipse, aquela noiva e mãe é identificada também com a Igreja. 

O Apocalipse nos mostra a unidade mística entre a mulher que trabalha para dar à luz o Cristo (e seus irmãos) e a noiva do Cordeiro revelada no clímax da história. A mãe, a noiva, a mulher... é Maria. A mãe, a noiva, a mulher... é a metrópole da Nova Jerusalém: a Igreja." (p. 105)

"Eu disse que a identificação de Maria com a Igreja é algo místico, mas isso não significa ser metafórico. A tipologia bíblica é mais do que uma mera convenção literária. Para a Bíblia, é mais do que uma literatura, pois a Bíblia é história. Então, a tipologia é mais do que histórica, é profética. Ainda assim, é mais do que uma profecia, é uma realidade. E, ainda mais do que uma realidade, a tipologia é uma eternidade. Quando falamos de Maria como Mãe e arquétipo da Igreja, estamos falando de uma verdade permanente, uma pessoa viva e real e de uma verdade que é essencial ao plano de Deus para o cosmos." (p. 105-106)


E ainda:

"Maria é a figura central do Apocalipse porque, assumida no céu, onde reina, [vive] o cumprimento da realidade, realidade esta da qual a Igreja em si mesma é simplesmente um tipo. Ela é a Virgem, Mãe, Esposa de Cristo, a Jerusalém Celestial, a metrópole que é a Cidade de Deus; o arquétipo celestial." (p. 108)


Arca da Aliança, o Evangelho de Lucas e o Apocalipse

No Antigo Testamento, no Lugar Santíssimo, onde Deus se manifestava e apenas o Sumo Sacerdote podia ir uma vez ao ano, estava a Arca da Aliança, uma espécie de recipiente feito de madeira de acácia, com revestimento de ouro por dentro e por fora e um bordado de ouro ao redor. Em cima dela, havia dois querubins de ouro, construídos por ordem de Deus. Dentro dela estavam três coisas: as Tábuas da Lei, o Maná do Céu e a Vara de Aarão. Se alguém entrasse indevidamente no Lugar Santíssimo ou meramente tocasse na Arca morria instantaneamente. O livro de Levítico narra o episódio em que dois filhos de Aarão, Nadab e Abiú, que eram sacerdotes, por oferecerem um tipo estranho de incenso, distinto do que lhes havia sido prescrito, foram mortos. "Saiu, então, um fogo de diante do Senhor que os devorou, e morreram diante do Senhor." (Lv 10,2)

Isto talvez dê alguma idéia da seriedade de Deus e da sacralidade da Arca. Seis séculos antes de Cristo, por volta de 587 a.C., os babilônios invadiram o Templo, e o profeta Jeremias, para que a Arca não fosse profanada, a escondeu. Lemos em 2Mc 2,5-8:

"No momento em que chegou, descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada. Alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo. Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia. Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como uma densa nuvem."

A Arca ficou sempre, desde então, o objeto de busca dos judeus, pois encontrá-la significaria que Deus havia usado de misericórdia para com Israel e iria revelar os Seus segredos. E se nós dissermos que os católicos conhecemos onde a Arca da Aliança está? Mais: se nós dissermos que ela é uma pessoa? Foi o que pelo menos João e Lucas disseram, e, com eles, os primeiros cristãos criam na mesma coisa. Duvida? Vamos ver?

Lucas, que era um intelectual bastante respeitado na antiguidade, soube fazer um paralelo interessantíssimo entre o seu evangelho e alguns trechos do Antigo Testamento. O livro de 2 Samuel narra as viagens de Davi levando a Arca da Aliança para Jerusalém. No início da viagem, diz-se que Davi, junto com sua comitiva, "pôs-se a caminho" (2Sm 6,2) . Já Lucas, em 1,39, inicia a visita de Maria a Isabel do mesmo modo: "Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho...". Tanto Davi quanto Maria vão para uma cidade de Judá. (2Sm 6,2; Lc 1,39) Diante da possibilidade de a Arca da Aliança ficar na sua casa, Davi responde: "Como virá a Arca da Aliança ficar em minha casa?" (2Sm 6,9), frase que impressionantemente é muito similar à dita por Isabel quando recebe a Virgem na sua casa: "Donde me vem que a mãe do meu Senhor venha a mim?" (Lc 1,43) Há também quem veja na dança de Davi diante da Arca um prelúdio do "salto" dado por João Batista no ventre de Isabel pela saudação de Maria. Interessante dizer ainda que a cidade onde Isabel morava é identificada com Aim-Karim, a 7 Km de Jerusalém. Já no 2 livro de Samuel, lemos no versículo 2, do capítulo 6: "Pondo-se a caminho, Davi e todo o povo que o acompanhava partiram para Baala de Judá a fim de transportar a Arca de Deus...". Notinha de rodapé da Bíblia de Jerusalém: "[Baala é] o antigo nome de Cariat-Iarim (Js 15,9; cf. Js 15,60; 18,14) Será que "Aim Karim" e "Cariat-Iarim" não seriam a mesma cidade, mudado apenas o modo de escrevê-la? - Acabei de olhar. São a mesma cidade sim. =)

Depois, a arca permaneceu na casa de Obed-Edom de Gat por três meses (2Sm 6,10), o mesmo tempo em que a Virgem fica na casa de Isabel (Lc 1,56). Será coincidência tudo isso?

Veja então o seguinte trecho:

"Então a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. E era impossível a Moisés entrar na tenda de reunião porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo." (Ex 40,34-35)

Sabemos que o que tornava o tabernáculo tão santo era a Arca da Aliança. Agora observe o que Gabriel diz à Virgem:

"O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra." (Lc 1,35)

Achou forçação de barra relacionar os dois trechos? E se nós dissermos que o termo usado em ambos os textos é o mesmo? Com efeito, a palavra grega "episkiasei" pode ser traduzida como "ensombrar". Lucas a usou conscientemente, querendo com isto relacionar os dois eventos. Observe a comparação dos originais:

Καὶ ἐκάλυψεν ἡ νεφέλη τὴν σκηνὴν τοῦ μαρτυρίου, καὶ δόξης κυρίου ἐπλήσθη ἡ σκηνή·
καὶ οὐκ ἠδυνάσθη Μωυσῆς εἰσελθεῖν εἰς τὴν σκηνὴν τοῦ μαρτυρίου, ὅτι ἐπεσκίαζεν ἐπ᾽ αὐτὴν ἡ νεφέλη καὶ δόξης κυρίου ἐπλήσθη ἡ σκηνή. (Ex 34-35)

Agora, o texto de Lucas:

καὶ ἀποκριθεὶς ὁ ἄγγελος εἶπεν αὐτῇ Πνεῦμα Ἅγιον ἐπελεύσεται ἐπὶ σέ, καὶ δύναμις Ὑψίστου ἐπισκιάσει σοι· διὸ καὶ τὸ γεννώμενον ἅγιον κληθήσεται Υἱὸς Θεοῦ. (Lc 1,35)

Para completarmos este tema, sabemos que o dia principal da Antiga Aliança era o chamado "Dia da Expiação" - Yom Kippur - em que o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos ou Lugar Santíssimo para derramar o sangue dos touros oferecidos por si mesmo e sua família e pela assembléia. Esta purificação definitiva ocorreu na Cruz do Senhor, e é por isso que logo em seguida à morte de Jesus, o véu do templo, aquele que separava o Santíssimo do povo, é rasgado. Há uma série de paralelos aqui que é preciso explicar.

1º - O Sangue das vítimas era apenas um prelúdio do sangue de Cristo. Se ele era derramado em frente da Arca da Aliança, convinha que o Sangue antitípico também fosse derramado diante da antitípica figura da Arca da Aliança, isto é, Maria. E, de fato, a Virgem estava de pé, diante da Cruz.

2º - A Arca da Aliança era o meio através do qual Deus se manifestava. Jesus, em doar a Virgem Santíssima como mãe dos homens, restabelece este acesso universal a Deus através dela. Daí a doutrina de santos católicos, como S. Luís Maria Grignion de Montfort, que afirmam que Deus, na nova aliança, haverá de reinar por meio de Maria, assim como na Antiga Lei Ele se manifestava por meio da Arca.

3º - Na cruz se realiza a correção do pecado adâmico: diante de uma árvore, Adão e Eva pecaram. Diante de outra árvore - a da Cruz - O Novo Adão e a Nova Eva estabelecem uma fidelidade definitiva. O fruto de Adão e Eva tinha sido o pecado. O novo fruto agora é a Redenção. Por isso, o templo de Jerusalém com os seus sacrifícios e sua liturgia não são mais necessários. É o nascimento da Igreja, que tem uma nova Arca da Aliança, um novo Sacerdócio, uma nova Páscoa, um novo Maná - a Eucaristia - e uma Lei que aperfeiçoa a antiga.

4º - O próprio nome "Arca da Aliança" expressa que é um ente relacionado à Aliança. Ora, há duas Alianças: a antiga e a nova. Logo, assim como há uma Arca da Aliança antiga, deve necessariamente haver uma da Nova.

Agora, resta-nos observar o Apocalipse. Notemos, antes disso, que João é aquele que recebeu a Virgem em sua casa, como ele mesmo escreve no seu evangelho. Esta casa era em Éfeso. Isto é importante também para entender por que ele, que escreverá o Apocalipse, é precisamente o que fará, de um modo ainda mais explícito, a relação entre a Virgem e a Arca da Aliança. Importante também desde já considerar que a divisão dos livros do Novo Testamento em capítulos e versículos foi feita pela Igreja muito tempo depois de terem sido escritos. Tendo isto em mente, vamos ao texto:

"Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva. Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas."(Apo 12,19-20,1)

Para um cristão, é um tanto difícil apreciar devidamente a força do que João escreve. De fato, dizer que tinha visto a Arca da Aliança, desaparecida há tanto tempo, era uma coisa grandiosa. Escreve o Dr Hahn:

"Para os judeus do primeiro século, o choque do Apocalipse foi certamente o relato de João no final do capítulo 11. É aí então que, após ouvir os toques das sete trombetas, João vê o templo no céu aberto (Ap 11,19), e, dentro dele, um milagre! - A Arca da Aliança. Essa teria sido a notícia do milênio! (...) João prepara seus leitores de várias maneiras para o aparecimento da arca, a qual se revela, por exemplo, após o toque da sétima trombeta do sétimo anjo vingador, numa clara alusão ao Israel da Antiga Aliança. Na primeira e maior batalha que Israel lutou ao entrar na terra prometida, Deus ordenou ao povo eleito carregar a arca à frente deles para o combate. Especificamente, a passagem de Apocalipse 15,11 ecoa Josué 6,13, que descreve como, durante seis dias, os quais antecederam a Batalha de Jericó, os sete sacerdotes guerreiros de Israel marcharam ao redor da cidade com a Arca da Aliança até que, no sétimo dia, eles tocassem as trombetas, fazendo ruir os muros da cidade. Para o antigo Israel, a arca foi, em certo sentido, a arma mais eficaz, pois representava a proteção e o poder de Deus Todo-Poderoso. Do mesmo modo, o Apocalipse mostra que o novo e celeste Israel também combate a batalha na presença da arca. (...) Imagine que você é um leitor do primeiro século, criado como um judeu. Você nunca viu a arca, mas a religião e toda a sua educação religiosa lhe ensinaram a todo instante sobre a restauração do templo. João a realiza antecipadamente, de modo que quase parece estar provocando seus leitores, ao descrever o som e a fúria que acompanhavam a arca. A dramática tensão se torna quase insuportável. O leitor quer ver a arca como João a vê. O que se segue, então, é chocante! Nas nossas bíblias atuais, depois de todo esse desenvolvimento, a passagem, de repente, dá uma parada brusca como o capítulo 11 a conclui. João nos promete a arca, mas parece pôr em cena um final abrupto. Devemos ter em mente, entretanto, que as divisões em capítulos no Apocalipse, bem como em todos os livros bíblicos, é artificial, feita por escritores na Idade Média. Logo, não há capítulos no livro original de João; tudo era uma narrativa contínua.

Assim, os efeitos especiais do final do capítulo 11 serviram como um prelúdio imediato para a imagem que, agora, aparece no capítulo 12. Podemos ler essas linhas juntos como que descrevendo um único evento. (...) João nos mostra a Arca da Aliança... e é uma mulher." (p.47-50)

Queremos chamar a atenção primeiramente para a relação que o Dr. Hahn percebeu entre as sete trombetas do Apocalipse, o livro de Josué e a Arca da Aliança nos dois episódios. Isso é interessantíssimo, e se o leitor julga que estes paralelos não são convincentes, há que se perguntar sobre suas disposições.

Enfim, temos aí a explicação de que estes textos do apocalipse só podem ser entendidos se forem lidos como uma continuidade, e não como a transição entre capítulos que versariam sobre temas diferentes. Não faria sentido que João, depois de tanto preparar a vinda da arca, deixasse de tratar dela tão logo a visse. Assim como possuía um papel central no antigo Israel, a Arca tem um papel central também no novo.

E se fizermos uma abstração dos trechos bíblicos - pois todo este artigo é uma concessão aos que defendem a Sola Scriptura, lembrando que não estamos dependentes dela, pois, como já provamos diversas vezes, nem sentido ela tem -, quais seriam os motivos pelos quais a Virgem Maria seria a Nova Arca da Aliança? Como a Bíblia trabalha com tipos, terá algo na Arca que simbolize a Virgem? Vejamos.

Arca da Aliança - está entronizada no Templo de Deus, e tem dentro de si as Tábuas da Lei, o Maná e a vara de Aarão.

Virgem Maria - há uma conhecidíssima tradição que afirma que a Virgem foi consagrada a Deus no Templo quando tinha apenas 3 anos, lá ficando até os 12, época em que uma moça podia casar. De fato, daí a pouco, Maria engravidou pelo Espírito Santo. Estando grávida de Jesus, Maria realizava as outras condições da Arca: tinha dentro de si não o Maná simbólico, mas o próprio Pão do Céu, como Jesus se autodefine, a Eucaristia, que nascerá em "Bethlehem", a "Casa do Pão". Será portadora não da vara de Aarão, mas do próprio Sumo Sacerdote eterno, de um sacerdócio que não é o de Aarão, mas é o de Melquisedec, mais perfeito. Por fim, Maria trará no seu seio não as tábuas de pedra da Lei, mas o próprio Autor da Lei. Importante dizer que "mandamento" em hebraico se escreve "dabar", que é traduzido ao pé da letra por "palavra", "lógos", em grego. Daí a expressão "Decálogo" ou "Dez palavras". "Lógos" é o termo usado por João para falar de Jesus no prólogo do seu Evangelho. A maioria das versões o traduziu por "Verbo". Maria traz em si o próprio Verbo, que é o Logos, que é o Dabar.

Rainha Mãe

É significativo que se diga, desde a antiga tradição judaica, que o Messias seria da Casa de Davi. As profecias o afirmavam, e de fato este era um dos principais critérios para a identificação do Cristo. Com efeito, havia duas informações aparentemente desencontradas: a primeira esperava que, como Melquisedec, Ele não tivesse genealogia. É por isso que os judeus, não aceitando o messianismo de Jesus, diziam: "Não é este o filho de José? Não é Maria a Sua mãe?" Mas também era estabelecido que Ele nasceria em Belém e que seria da casa de Davi.

Este ponto é absolutamente essencial para o tema que estamos aqui tentando abordar. E por que Davi é tão importante para Israel? O Dr. Hahn responde:

"Foi esse reino [de Davi] que deu ao antigo Israel sua visão de reino do Messias. O segundo rei hebraico, Davi, unificou as doze tribos e estabeleceu Jerusalém como a capital da nação e seu centro espiritual. O povo reverenciava Davi por sua retidão, justiça e fidelidade ao Senhor. Os sucessores de Davi, no entanto, nunca conseguiram viver para ver as virtudes do seu antecessor. Por considerarem que Davi unificou a nação, os reis posteriores incutiram ressentimentos entre as tribos, que acabaram ocasionando uma revolta e a dissolução do reino unificado de Israel. Enfraquecido, Israel tornava-se mais vulnerável a seus inimigos estrangeiros. A partir do momento em que Israel foi atacado por invasores babilônicos, o povo foi exilado no cativeiro e a linhagem de Davi foi completamente, ou quase completamente, dizimada. Sedecias, o último rei davídico, foi posto a assistir a execução pelos caldeus, seus inimigos, de todos os seus filhos, para que, em seguida, lhe furassem os olhos. Desta forma, a última imagem gravada por Sedecias em sua memória seria a dos cadáveres de seus filhos degolados e o aparente fim da dinastia davídica. (2Rs 25,7)
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