O Culto à Santíssima Virgem e o seu papel no Plano da Salvação-11



O Milagre do Sol


Em 1917, Nossa Senhora apareceu a três pastorinhos - Lúcia, Jacinta e Francisco - na cidade de Fátima, Portugal. Na segunda aparição, em  13 de junho de 1917, a Virgem prometeu um sinal que seria visível "que todos hão de ver para acreditarem". A coisa foi divulgada, e em 13 de outubro de 1917, uma multidão de cerca de 70 mil pessoas se reuniu no dia, na Cova da Iria, para testemunhar o tal milagre. Era um dia chuvoso, e lá estavam milhares de pessoas, uns com guarda chuvas, e outros já molhados. Os três pastorinhos à frente esperavam alguma coisa. A Virgem então lhes apareceu - aos três - e, extasiados, mantiveram com ela uma breve conversação. De repente, tendo revelado o que lhes ia ocorrer, Lúcia, a mais velha, gritou: "Olhem, olhem para o sol!"

O Céu então se abriu, as roupas enxugaram-se instantaneamente e o sol pareceu dotar-se de uma flexibilidade que não lhe é própria e começou a rodopiar no céu. Permitindo-se ver, ele passeava a grande velocidade sobre os olhares atônitos de 70.000 pessoas que, sem exceção, o viam.

Eis alguns depoimentos de presentes no ocorrido:

"O sol, rodopiando, parecia cair-se do firmamento e avançar ameaçadoramente sobre a terra" 
(Dr. Almeida Garret, Professor de Ciências Naturais na Universidade de Coimbra)

“Era como um disco de vidro fosco iluminado por detrás e girando sobre si mesmo, dando a impressão que estava caindo sobre nossas cabeças.”
(Sr. Mario Godinho, cético até o dia do Milagre)

“Olhei fixamente para o sol que parecia pálido, não feria meus olhos. Parecendo uma bola de neve, ele girava sobre si mesmo; de repente pareceu cair em ziguezague.”
(Pe. Joaquim Lourenço, que depois disso decidiu ser padre)

“O sol começou a rodar em círculos de todas as cores. Era como uma roda de fogos de artifício, caindo sobre o chão.”
(Sra. Maria Celeste da Câmara e Vasconcelos)

“Olhei para o sol e o vi girando como um disco, rolando sobre si mesmo. Vi as pessoas mudando de cor, tomando as cores do arco-íris.”
(Sr. Antonio Antunes de Oliveira)

“Até nossas roupas tinham secado. Não sentimos absolutamente nada. As roupas estavam secas e pareciam que tinham acabado de vir da lavanderia. Pensei: ou estou louco ou isto foi um milagre, um verdadeiro milagre.”
(Sr. Dominic Reis)

“Minha roupa estava molhada e então, sem me dar conta, ficou seca.”
(Sr. Joaquim Vicente)

“Presenciei também quatro curas no lugar das aparições: duas de tuberculose, uma de uma moça de Lisboa e a outra de Alfarelos; e duas aleijadas.”
(Sra. Maria do Carmo Menezes)

“Não conheço ninguém que dissesse não ter visto.”
(Sr. João Carreira)

“Nunca soube que alguém não tivesse visto nada. Elas não poderiam não ver, a menos que não quissessem olhar o fenômeno.”
(Sr. José Joaquim de Assunção, também era cético do milagre)

Segundo o Poeta Alonso Lopes Vieira e a professora colegial Delfina Lopes, junto com seus alunos e outras testemunhas, o milagre era visível num raio de 40 km, e durou aproximadamente 10 minutos.

Abaixo, um vídeo em que aparecem várias fotos originais tiradas durante o milagre. Os textos estão em inglês, mas têm basicamente as informações que já pusemos acima.





Quais as chances de ser um fenômeno natural? Nenhuma.

Quais as chances de ser um fenômeno provocado pelo demônio? Vamos pensar...

Há a possibilidade de o sol mesmo ter "dançado" no céu? Primeiro: se o fizesse, isto causaria transtornos imensos no planeta, a menos que a terra fosse mantida intacta por um outro milagre; segundo, o mundo inteiro teria visto o sinal. Então, é mais coerente supor que a aparência do sol é que foi movida. O demônio poderia fazer isso? É possível que pudesse enganar um ou outro sujeito, mas 70.000? Além disso, se tal poder estivesse em mãos do demônio, por que não usá-lo sem mais?

Além da impossibilidade de ludibriação de 70.000 pessoas - muitas delas totalmente descrentes no fenômeno e portanto não predispostas -, ocorreram também curas físicas, e muitas conversões. E, para arrematar, a morte de Jacinta e Francisco foi predita com antecedência pela Virgem, e Jacinta tem o corpo incorrupto. =)


"Todas as gerações me chamarão bem aventurada"

Chegamos, enfim, ao último subtópico, e, como vimos, vá o leitor para a esquerda ou para a direita, para cima ou para baixo, para a Bíblia ou para a Tradição, para os Milagres ou para a Lógica, Maria é quem é: Mãe de Deus, a quem os cristãos de todas as épocas veneraram profundamente.

Para concluir, vejamos o que ela falou de si mesma no seu famoso canto "Magnificat".

"Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo..." (Lc 1,46-49)

O canto continua, obviamente. Mas notemos, de início, que já há muito notaram as semelhanças entre este canto e o canto de Ana, em 1Sm 2,1-10. Ana é um dos tipos de Maria, pois tem apenas um filho - Samuel - e o dedica a Deus, do mesmo modo como a Virgem consagrou Jesus no templo. (Cf. 1Sm 1,24-28; Lc 2,21-24) Uma outra semelhança entre as duas se dá porque Ana é acusada de estar bêbada com o vinho de Pentecostes (1Sm 1,12-17) Samuel também parece ter feito o voto dos Nazoreus, pois sua mãe faz a promessa de não lhe passar a navalha na cabeça (1Sm 1,11). Já de Jesus foi dito: "Ele será chamado Nazoreu" (Jo 1,46). Embora o autor bíblico explique o nome de Samuel como "foi pedido a Deus", ele significa, na verdade, "nome de Deus", de modo que Samuel é um prelúdio de "Jesus", que é o próprio nome de Deus. Maria reconhece-se então como a agraciada, aquela que, à semelhança de Ana, que era estéril, foi fecundada por obra e graça de Deus.

Por causa disso, Maria profetiza: "Todas as gerações me chamarão bem aventurada". Ela o diz pouco depois da exaltação que Isabel lhe faz, de modo que ambas as expressões têm o mesmo sentido. Maria é mais que feliz, é bem aventurada. É mais que bem aventurada, é kecharitomene. Depois deste cântico, Lucas escreve: "Maria ficou com Isabel cerca de três meses", que, lembramos, faz referência ao tempo que a Arca da Aliança passou na casa de Obed-Edom.

Depois disso tudo, convocamos ao leitor que se junte a nós, o grupo destes que que proclamam a Virgem Santíssima bem-aventurada. 

Quase concluindo, citemos mais uma vez o Dr. Scott Hahn:

"O papel de Maria não tem sentido algum se considerado fora do contexto da história da salvação, pois não é acidental no plano de Deus. Deus quis fazer que seu ato redentor fosse inconcebível sem ela. Maria estava no plano de Deus desde o início." (p.34)

Para terminar - agora sim -, contamos o caso de um êxtase de Santa Gertrudes. Viu-se ela diante do trono divino e naturalmente se ajoelhou. Contemplando a glória de Jesus, perguntou, aflita, o que deveria fazer para honrar mais a Ele. Jesus então sorriu e, apontando para o trono que estava ao lado direito do Seu, o da Gebirah, falou:

"Honre a minha Mãe, que isto Me agrada..."
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