COBIÇA PROMOVIDA


Vejo cada vez mais mulheres reclamando da infidelidade de seus maridos e namorados, e do descontentamento das pessoas pela dificuldade de se envolver em um relacionamento sério e profundo. Bom, as raízes desse fenômeno nada novo na história da humanidade, porém disseminado nos dias de hoje, remetem aos aspectos mais sutis da dinâmica da alma humana.

Tudo nasce através da cobiça. A cobiça não está correlacionada apenas com o desejo de posse material ou poder, mas também com os prazeres. O sujeito que deseja experimentar sexualmente todas mulheres possíveis é um cobiçador, que de modo sôfrego e ávido deseja o que não lhe pertence. A cobiça muitas vezes é de caráter delirante, pois o indivíduo aspira em sua mente aquilo que ele não pode ter, no caso, o afeto de todas mulheres de acordo com seu próprio apetite. Por essa paixão desordenada, o homem se torna angustiado e amargoso, pois a razão da sua inquietude reside na sua própria vontade, que quando alimentada toma cada vez mais força se tornando um vício, tirando-o a liberdade e obnubilando sua razão.

É por esse fato que a maioria dos homens traem, pois não estão acostumado com um meio que fomenta a virtude através da renúncia, mas sim que fomenta o vício através do libertinismo. Dá muita pena em ver os homens vítimas das mentiras da mentalidade moderna que promove o sexo livre como proposta de felicidade conjugal. Mal sabem que isso é um embuste, pois a verdadeira felicidade conjugal e paz de espírito coexiste na renúncia e no domínio de si. Todo homem que não sabe se entregar de corpo e alma nas privações do amor por apenas uma mulher vive INFELIZ! Por mais que ele tente se convencer do contrário postando fotos nas baladas e ostentando uma “peguete” a cada mês diferente, ele no fundo é um consternado vazio e COVARDE. Sim, covarde, pois amar apenas uma mulher e ser fiel exige bravura para suportar as adversidades mundanas, perdoar erros, enfrentar desafios e suportar os defeitos da mulher amada.

O amor exige renúncias, e renúncias exigem desprendimento de si. Coisa quase que completamente nula nessa cultura do “welfare” contemporânea, do qual procura-se apenas o bem estar e a auto-satisfação momentânea e mesquina em detrimento das virtudes elevadas e das coisas eternas. Apenas mais um dos efeitos colaterais da apostasia do homem moderno e do seu afastamento dos preceitos perfeitos de Deus.

Thiago Moraes
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