O que é uma comunhão sacrílega?





A comunhão sacrílega é uma das ofensas mais graves à Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitos desconhecem a existência da mesma e não se preparam receber a Eucaristia. Outros não vêem nenhum mal por desconhecer as consequências e os efeitos de tamanho ultraje.

A comunhão sacrílega ocorre quando a pessoa recebe Jesus Eucarístico sem o devido preparo, ou seja, com pecados mortais pendentes de serem perdoados através da Confissão. Este é um pecado que corrói vorazmente o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, e também faz pesar a justiça de Deus sobre os homens.

Os santos são unânimes em proclamar a gravidade deste pecado:

“Não há praticamente nenhum crime que mais ofende a Deus que a comunhão sacrílega.” (Santo António Maria Claret)
“O comungante em pecado mortal comete um crime maior que Herodes” (Santo Agostinho de Hipona)
“[O comungante comete um crime] mais assustador do que Judas” (São João Crisóstomo)
“Quem faz comunhão sacrílega, recebe em seu coração a Satanás e a Jesus Cristo; a Satanás, para fazê-lo reinar, e a Jesus Cristo para oferecê-lo em sacrifício a Satanás” (São Cirilo de Alexandria)
“Não existe na terra um suplício que seja suficiente para punir quem comunga em estado de pecado mortal” (Jesus à Santa Brígida)

A gravidade deste crime é tão grande que suplicam, por tudo o que é mais sagrado, que tenham todo cuidado:

“Confessai-vos com humildade e devoção. Se for possível, todas as vezes que fostes comungar, mesmo que na consciência não estejais sentindo nenhum remorso de pecado mortal” (São Francisco de Sales)
“Também eu levanto a voz e vos suplico, peço e esconjuro para não vos abeirardes desta Mesa sagrada com uma consciência manchada e corrompida. De fato, uma tal aproximação nunca poderá chamar-se comunhão, ainda que toquemos mil vezes o corpo do Senhor, mas condenação, tormento e redobrados castigos.” (São João Crisóstomo)

Muitos ainda poderiam afirmar que isso é um exagero porque a pessoa não vê nenhum mal aparente nisso. Porém, nestes 2000 anos, a Igreja tem vivenciado uma série de comprovações concretas de que este pecado é ofensa gravíssima à Deus, como podemos conferir em narrações:

“São Cipriano refere que alguns de seu tempo, não sendo dignos de receber a Sagrada Comunhão, depararam-se com uma dor intolerável nas entranhas e às portas da morte. São João Crisóstomo conhecia muitos possuídos por demónios por causa deste crime.” (Santo António Maria Claret)
“Lemos na vida de um monge de São Bernardo se atreveu a comungar em pecado mortal. Algo terrível! Logo que o Santo lhe deu a Sagrada Hóstia, rebentou como Judas e como ele foi condenado eternamente.” (Santo António Maria Claret)

Alguns poderiam argumentar que estes casos são raros e que não vêem nas paróquias as pessoas sofrendo tais suplícios com frequência. Porém devemos lembrar que as maiores punições não são as do corpo, mas as da alma. E elas são:

“Mas se a estes últimos pecadores [comungantes] não os pune de forma visível, já o está a fazer invisivelmente: com a cegueira de entendimento, dureza de coração, do seu abandono neste mundo, e em seguida, no outro, com o castigo eterno do Inferno.” (Santo António Maria Claret)

A cegueira de entendimento torna as pessoas cegas e incapazes de entender o bem e o mal, se aprofundar nos mistérios santos e ter acesso à Sabedoria de Deus. Isso é claramente comprovado ao vermos que estas pessoas que comungam de forma indigna não são capazes de entender este pecado (e muitos outros) quando se tenta explicar para elas.

A dureza do coração é quando a pessoa se fecha a graça de Deus, não permite Jesus entrar de nenhuma maneira. E com isso impede toda a acção da graça. Isso vemos claramente quando as pessoas não são capazes de sequer considerar a hipótese de deixar um determinado pecado, de mudar de mentalidade ou de lutar contra os vícios.

Ser abandonado neste mundo é terrível, pois assim somos entregues à acção de Satanás sem o amparo que os filhos de Deus possuem. Isso é nítido quando vemos pessoas que decaem cada vez mais no abismo do pecado numa decadência moral e espiritual contínua.

Por fim, a última é o merecimento do Inferno, que levará a pessoa a sofrer as penas eternas e muito mais cruéis que os piores sofrimentos desta vida. E passará a eternidade se odiando por ter podido evitar este pecado, mas não ter dado atenção ao ensinamento da Igreja.

Livrai-nos Virgem Maria de tão grave ofensa. Protegei-nos e dai-nos sabedoria e discernimento para não ocorrer de ofendermos vosso Diviníssimo Filho. Com seu amor terno, adentrai o coração dos sacrílegos e convertei-os para que alcancem a santidade e a felicidade Eterna.
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