Tal função é mencionada em:
* 1Reis 15,13: "Até Maaca, sua avó, depôs da dignidade de rainha-mãe".
* 2Reis 10,13: "Somos irmãos de Acazias, e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha-mãe".
* Jeremias 13,18: "Dize ao rei e à rainha-mãe: humilhai-vos, e assentai-vos no chão".
* 2Reis 10,13: "Somos irmãos de Acazias, e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha-mãe".
* Jeremias 13,18: "Dize ao rei e à rainha-mãe: humilhai-vos, e assentai-vos no chão".
Seu lugar específico de honra e intercessão é dramaticamente ilustrado em 1Reis 2,13-21:
"Então veio Adonias, filho de Hagite, a Bate-Seba, mãe de Salomão. Perguntou ela: 'De paz é a tua vinda?'. Respondeu ele: 'É de paz'. E acrescentou: 'Uma palavea tenho que dizer-te'. Disse ela: 'Fala'. Disse ele: 'Bem sabes que o reino era meu, e todo o Israel tinha posto a vista em mim para que eu viesse a reinar, ainda que o reino se transferiu e veio a ser de meu irmão; pois foi feito seu pelo Senhor. Agora um só pedido te faço; não mo rejeites'. Ela lhe disse: 'Fala'. Ele disse: 'Peço-te que fales ao rei Salomão (pois não to recusará), que me dê por mulher a Abisague, a sunamita'. Respondeu Bate-Seba: 'Muito bem, eu falarei por ti ao rei'. Quando Bate-Seba foi ter com o rei Salomão, para falar-lhe por Adonias, o rei se levantou a encontrar-se com ela, inclinou-se diante dela, e se assentou no seu trono. Mandou que pusessem um trono para a mãe do rei, e ela se assentou à sua mão direita. Disse ela: 'Só um pequeno pedido te faço, não mo rejeites'. E o rei lhe disse: 'Pede, minha mãe, porque não to recusarei'. Disse ela: 'Dê-se Abisague, a sunamita, por mulher a Adonias, teu irmão'".
De particular importância são as seguintes observações:
1. Adonias supunha que a rainha-mãe poderia defender seu interesse perante o Rei; ou seja, ele confiava nela.
2. A reação do Rei é notável: ele se levantou para vir ao encontro de sua mãe e prestou-lhe o seu respeito.
3. Um trono foi providenciado para ela; ela se sentou à direita do Rei.
4. Seu poder de intercessão é enfatizado pela repetição da idéia de que o rei "não a recuse".
2. A reação do Rei é notável: ele se levantou para vir ao encontro de sua mãe e prestou-lhe o seu respeito.
3. Um trono foi providenciado para ela; ela se sentou à direita do Rei.
4. Seu poder de intercessão é enfatizado pela repetição da idéia de que o rei "não a recuse".
O mesmo fazemos hoje com Maria. Nós acreditamos que ela se aproximará do Rei para defender os nossos interesses. Porém, neste instante, muitos protestantes dirão: "Não podemos chegar até Ele por meio de ninguém; podemos tratar diretamente com Deus". Sim, podemos e devemos fazê-lo. Porém, duvido que o mesmo protestante que usou esse argumento JAMAIS pediu a um amigo seu para que orasse por ele ou com ele. Pedimos a nossos amigos para que orem conosco ou por nós, não porque achamos que é impossível se aproximar diretamente de Deus, mas porque formamos uma família em Cristo e porque é agradável. Nós nos preocupamos com os outros e pedimos sempre a Deus para que conceda os interesses daqueles que amamos. Por que limitar esse cuidado e assistência somente àqueles que estão vivos hoje na terra? São Paulo nos diz que somos rodeados por uma nuvem de testemunhas - será que essas testemunhas não demonstram um mínimo de preocupação para conosco? O Apocalipse no nos diz que as preces dos santos elevam-se como incenso perante Deus (Ap 8,4). Por quem estariam orando? Em Tobias, lemos: "Quando tu e Sara fazíeis oração, era eu (arcanjo Rafael) quem apresentava as vossas súplicas diante da glória do Senhor e as lia" (Tobias 12,12).
Se pedimos para nossos irmãos vivos para orarem por nós, poderíamos deixar de fazer o mesmo para aqueles que já se encontram presentes diante de Deus? E se pedimos para aqueles que estão diante de Deus, como poderíamos deixar de pedir a intercessão daquela que é a mãe do Rei? A Tradição (aquela mesma Tradição - lembre-se disso - que nos deu a Bíblia) nos diz que quando Jesus estava agonizando na cruz, disse certas palavras a seu discípulo [João] que são aplicadas a cada um de nós; tais palavras são:
"Eis aí a tua Mãe..."
b. Maria como a Arca da Nova Aliança
Este ponto nos dirige diretamente para o dogma da Imaculada Conceição de Maria; entretanto, tratarei mais detalhadamente sobre esse assunto (bem como suas objeções) um pouco mais abaixo.
A Arca da Antiga Aliança abrigava os Dez Mandamentos, que eram a Palavra de Deus. Na Bíblia, São João chama também Jesus de Palavra (=Verbo) de Deus e Maria, por carregá-lo em seu ventre, tornou-se a Arca da Nova Aliança. A Arca da Aliança é santa e pura. Se Maria tivesse o pecado original, ela não poderia ser pura e, conseqüentemente, também não poderia ser a Arca da Nova Aliança. Este conceito é apresentado na Bíblia quando comparamos o Antigo Testamento com o Novo Testamento. Observe estas semelhanças:
Antigo Testamento: quando a Arca da Aliança foi trazida perante o rei Davi - "Temeu Davi ao Senhor naquele disse, e disse: 'Como virá a mim a Arca do Senhor?'" (2Samuel 6,9).
Antigo Testamento: quando a Arca da Aliança foi trazida perante o rei Davi - "Temeu Davi ao Senhor naquele disse, e disse: 'Como virá a mim a Arca do Senhor?'" (2Samuel 6,9).
Novo Testamento: quando Maria foi visitar sua parente Isabel, que estava grávida de João Batista - "De onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?" (Lucas 1,43).
Antigo Testamento: quando o rei Davi dançou de júbilo porque ele estava na presença da Arca, que continha a Palavra de Deus - "Quando a Arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração" (2Samuel 6,16).
Novo Testamento: quando o profeta João Batista saltou de júbilo no ventre de sua mãe, Isabel. Ele fez isto quando ouviu a voz de Maria, que estava grávida de Jesus, o qual também é chamado de Palavra (=Verbo) de Deus - "Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo" (Lucas 1,41).
Antigo Testamento: os israelitas encheram-se de grande júbilo porque estavam muito próximos da Arca que continha a Palavra de Deus - "Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a Arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas" (2Samuel 6,15).
Novo Testamento: mostra como Isabel e João Batista se encheram de júbilo por estarem na presença de Maria, que carregava a Palavra de Deus - "Exclamou ela [Isabel] em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. Ao chegar-me aos ouvidos a voz da tua saudação a criancinha saltou de alegria no meu ventre' (Lucas 1,42.44).
Novo Testamento: mostra como Isabel e João Batista se encheram de júbilo por estarem na presença de Maria, que carregava a Palavra de Deus - "Exclamou ela [Isabel] em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. Ao chegar-me aos ouvidos a voz da tua saudação a criancinha saltou de alegria no meu ventre' (Lucas 1,42.44).
Se tudo isto é verdade, que Maria é a Arca da Nova Aliança, então ela deve ter sido pura e não poderia haver qualquer tipo de pecado em sua alma. O fato de que Maria tenha nascido sem pecado original tem sido um ensinamento muito claro não apenas da Igreja Católica como também dos fundadores do Protestantismo. Apenas recentemente algumas denominações protestantes se afastaram desta doutrina tradicional do Cristianismo.
"É uma doce e piedosa crença esta de que a alma de Maria não possuía o pecado original; assim, sua alma estava completamente purificada do pecado original e embelezada com os dons de Deus, por ter recebido de Deus uma alma pura. Portanto, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo o pecado" (Martinho Lutero, "Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus", 1527).
Não há outro "símbolo" que eu gostaria de discutir antes de falar de Maria no Novo Testamento e tal símbolo é o de Maria como "portão de entrada". A melhor explicação que vi sobre esse assunto foi postado em uma lista de discussão - embora não me lembre qual, nem o nome de seu autor. Apresento essa explicação logo abaixo, com um mínimo de edição da minha parte, e peço desculpas de não poder dar o devido crédito ao autor, pelo motivo exposto.
Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, ele montava um jumentinho, o qual ainda não havia sido montado por ninguém (Mc 11,2-10). Ele também foi encerrado em uma sepultura nova, a qual também não havia sido usada antes (Jo 19,41). Estas coisas não eram necessárias, mas assim aconteceu - tanto com o jumentinho quanto para a sepultura usados por Cristo, mas jamais usados por qualquer outra pessoa - simplesmente para indicar o quanto especial era Jesus.
No Antigo Testamento também existem símbolos que prefiguram pessoas ou eventos do Novo Testamento. A pessoa ou evento do Novo Testamento que é prefigurada no Antigo é chamada de arquétipo. O arquétipo no Novo Testamento é sempre importante. Adão, por exemplo, é símbolo de Cristo, cf. Rm 5,14.
O profeta Ezequiel refere-se a uma porta que é o símbolo de Maria:
c. Maria como Intercessora
Ainda que todos os cristãos tenham o poder de interceder uns pelos outros, a pureza e santidade do intercessor aumentam o poder da súplica. A Bíblia está repleta de exemplos do Senhor "escutando" as preces dos justos. Eis alguns casos:
Agora, uma vez que a Bíblia demonstra tão claramente que aqueles que são justos ou corretos são ouvidos pelo Senhor, e já que também sabemos que aqueles que se encontram no céu não são impuros nem injustos (caso contrário não teriam como resistir à presença de Deus), então nós podemos afirmar que as preces dos santos têm um poder e eficácia muito maiores do que às daqueles que ainda se encontram sobre esta terra, que ainda caminham na imperfeição.
De acordo com isto, percebemos que as orações intercessórias de Maria, que é a Mãe de Deus e mais pura que qualquer outra pessoa humana, têm um poder ainda mais especial.
II. A Antiga Tradição Cristã a respeito de Maria
Também os "reformadores" [protestantes] foram fiéis defensores de Maria:
"Não se pode negar que Deus escolheu e destinou Maria para ser a Mãe de Seu Filho, garantindo-lhe a mais alta honra. Isabel chama Maria de "Mãe do Senhor" porque a unidade da pessoa nas duas naturezas de Cristo era tal que ela poderia ter dito que o homem mortal gerado no ventre de Maria era, ao mesmo tempo, o Deus eterno" (João Calvino, citado em "Corpus Reformatorum" v.45, p.348).
III. A Virgindade Perpétua de Maria
Todos os cristãos crêem que Maria era virgem quando deu à luz a Jesus. "Mas Maria disse ao anjo: 'Como pode ser isso se não conheço varão?' E o anjo lhe respondeu: 'O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te encobrirá. Então a criança que irá nascer será chamada santa, o Filho de Deus'" (Lucas 1,34-35).
Quando José ficou sabendo que Maria estava grávida, ele já era noivo dela, embora ainda não vivessem juntos. Ele quis romper o compromisso pois sabia que aquela criança não era sua.
"Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo" (Mateus 1,20).
Tudo isto foi previsto no Antigo Testamento e aconteceu para que se cumprissem as profecias dadas por Deus ao povo judeu: "Pois sabei que o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem concebeu e dará à luz um filho e pôr-lhe-á o nome de Emanuel" (Isaías 7,14).
O ensinamento da Bíblia sobre esta matéria é tão claro que todas as denominações cristãs concordam sobre a sua interpretação.
Os católicos crêem que Maria permaneceu virgem e não teve outros filhos. Algumas denominações, porém, afirmam que Maria teve outros filhos. Elas dizem isto por causa que a Bíblia às vezes menciona os "irmãos do Senhor". Mas, nos tempos bíblicos, todos os membros da família, inclusive primos, eram considerados "irmãos". E também vemos que, na Bíblia, o termo "irmão" é várias vezes usado para se referir a pessoas que não são irmãos no mesmo sentido em que entendemos a palavra hoje.
Eis alguns exemplos bíblicos:
Assim você vê que, em termos bíblicos, "irmão", "irmã" e "irmãos" pode significa parentes próximos, parentes de sangue ou até mesmo amigos íntimos como, por exemplo:
Alguns também vêem nas palavras: "José não conheceu Maria até o momento em que deu à luz a Jesus" um significado de que, após o nascimento de Jesus, ela teve relações com José. Contudo, na Bíblia, o termo "até que" simplesmente significa "o que se deu no passado" e não tem a mesma conotação que temos em português, significando "algo que aconteceu após".
A Bíblia menciona uma mulher que não teve filhos até "o tempo de sua morte" (v. 2Samuel 6,23). Será, então, que produziu descendentes após sua morte? ;)
Uma pesquisa cuidadosa no Novo Testamento nos mostrará que realmente existe um exagero de expressão se dissermos que Maria teve outros filhos:
Quando Jesus foi encontrado no templo, com a idade de 12 anos (Lucas 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto. O povo de Nazaré refere-se a Jesus como "o filho de Maria" (Marcos 6,3) e não como "um dos filhos de Maria". A expressão grega inplica que Ele era seu único filho. Na verdade, ninguém nos Evangelhos é chamado de filho de Maria, ainda quando são chamados de "irmãos do Senhor".
Existe ainda um outro ponto que requer uma compreensão da antiga cultura oriental. Em tal cultura, o termo "irmão" era usado para se referir aos mais velhos - parentes com mais idade cuja função era dar conselhos aos mais novos. Em João 7,3-4, encontramos os "irmãos" de Jesus aconselhando-o a deixar a Galiléia e ir para Judéia, para que seus discípulos pudessem ver as suas obras. Se os "irmãos" forem compreendidos neste sentido, conforme a cultura oriental, eles certamente seriam mais velhos que Jesus, o que elimina de vez a possibilidade de serem seus irmãos de fato, já que todos nós sabemos que Jesus era o filho primogênito de Maria.
Finalmente, devemos considerar o que aconteceu aos pés da Cruz (João 19,26-27). Se Tiago, José, Simão e Judas fossem mesmo irmãos de Jesus, porque Jesus fez vistas grossas a esse fato e confiou Sua mãe ao Seu discípulo João? O Evangelhos nos diz que "a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa". Por que ela iria para a casa de um discípulo se ela tinha pelo menos mais quatro filhos?
IV. Maria, a Mãe de Deus
O fato de que Maria é a Mãe de Deus é meramente lógico:
Uma mulher que dá à luz a um filho é a mãe desse filho +
Maria deu à luz a Jesus = Maria é a Mãe de Jesus
Maria deu à luz a Jesus = Maria é a Mãe de Jesus
Maria é a mãe de Jesus+Jesus é Deus (é uma Pessoa Divina - 2ª Pessoa da Santíssima Trindade)=Maria é a Mãe de Deus
Ou, simplesmente, podemos ler na Bíblia:
Lucas 1,42-43: "Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?'"
Agora, mais um pouco de lógica:
Maria é "a mãe do meu Senhor"+O Senhor é Deus=Maria é "a Mãe do meu Deus"
Para contradizer esta verdade é necessário afirmar que Jesus não é Deus ou dizer que Maria não deu à luz a Jesus.
Algumas denominações protestantes evitam chamar Maria de Mãe de Deus porque eles acham que isso a coloca no mesmo nível de Deus [como se ela fosse uma deusa]. Ao invés, eles preferem dizer que ela era a mãe do "homem Jesus Cristo". Isto, porém, trai a verdade e coloca a teologia protestante num dualismo previsível. Cristo Jesus é UMA pessoa e não duas. Ele é UMA pessoa que possui duas naturezas: é inteiramente humano e inteiramente divino. As duas naturezas, contudo, são unidas em UMA só Pessoa. Podemos dizer que as nossas mães são mães da nossa "natureza"? Não, mas simplesmente dizemos que elas são nossas mães - de nós, como pessoas. Eu não estou dizendo que Maria gerou ou deu vida à natureza divina de nosso Senhor, uma vez que ele é UMA Pessoa e não duas. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade "se fez carne" - isto é o que chamamos de "encarnação" (do latim caro que significa carne. De onde ele obteve a carne? Se Jesus é Deus e Maria é Sua mãe, como é logicamente possível dizer que Maria não é a Mãe de Deus?
V. A Imaculada Conceição de Maria
Comecemos com as objeções... A posição protestante pode ser resumida da seguinte forma:
Para começar, há evidência escriturística para a pureza única de Maria (imaculada conceição) - basta comparar a Arca da Aliança que guardava os Dez Mandamentos e Maria como a Arca da Nova Aliança e como a porta (v. parte I, item b).
Porém, a objeção mais comum é o uso das palavras de Paulo, de que "todos pecaram". A palavra usada para "todos", na versão original em grego, que é a linguagem utilizada por Paulo, é "paz". Tal termo, entretanto, não tem caráter exclusivista, que não admita exceção, mas tem o significado de "esmagadora maioria". Podemos ver na Bíblia outros exemplos em que a palavra "todos" é usada, mas claramente admitindo exceção:
Como esta última objeção, também não é verdade de que Maria, tendo nascido sem mancha do pecado original, não precisaria de um Salvador. A redenção vem da cruz de Cristo, inclusive para Maria. Ele não nasceu sem pecado por seu próprio mérito, mas por um ato de misericórdia da parte de Deus. Se acreditamos que Jesus nos salva do pecado e da morte mesmo depois de termos cometido pecados pessoais, porque deveríamos negar a idéia de que Ele salvou a mulher que escolheu para ser a Sua Mãe do pecado e da morte antes mesmo do seu nascimento? A imaculada conceição de Maria produziu-se pela graça da Cruz e não por qualquer coisa que ela tenha feito ou por poder próprio dela. Maria de maneira nenhuma é uma Salvadora. Porém, ela é a Mãe do Salvador e, como tal, precisava ser tão pura quanto possível.
Nossa fé está repleta de exemplos da obra de Deus em formas misteriosas e miraculosas, alimentando Seu povo no deserto, concedendo filhos àquelas que são incapazes de engravidar, curando os doentes, ressuscitando os mortos, recebendo carne e tornando-se homem... Observe que, em vista de tudo isso, porque nos seria difícil acreditar que Deus misticamente aplicou os méritos e graças obtidos no Calvário à Sua Mãe, já que ela foi digna o possível para ser a Arca da Nova Aliança, a Mãe de Deus? Nós sabemos que, já que Ele é Deus, ele é capaz de fazer isto se assim o quiser. A única questão que fica remanescente é: "qual a probabilidade de Deus ter desejado para a mulher que escolheu para trazer Jesus Cristo ao mundo ter sido tão pura e merecedora de uma graça que nenhum outro ser humano poderia ter?". Talvez soe melhor fazendo uma declaração negativa: "qual a probabilidade de Deus ter permitido que Jesus Cristo viesse à carne, sendo nutrido por nove meses num ventre ou tendo nascido ou sido amamentado e educado por uma mulher corrompida pelo pecado original?".
Fonte: Site "The Bible Defends Catholic Church!". Tradução de Carlos Martins Nabeto.
Defesa bíblica de Maria
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