A PORNOGRAFIA É COMO UMA DROGA



Superficialmente, cocaína e pornografia não parecem ter muito em comum. Um é comprado em becos escuros; o outro é livre para download. Um pode tornar-se caro rapidamente. Enquanto o outro é o preço de uma conexão de internet rápida. Afinal, Hugh Heffner (criador da Playboy) não remete exatamente à imagem de um traficante de drogas.

Então onde está a semelhança? Dentro do cérebro.

Em caso de você não ser um neurocirurgião, aqui vai um curso intensivo sobre como nosso cérebro funciona. No fundo do seu cérebro, existe algo chamado “sistema de recompensa”. Você tem um. O seu gato também tem. Para os mamíferos, ele é padrão. O trabalho desse sistema consiste em mantê-lo vivo fazendo exatamente o que seu nome promete: te recompensar, ou mais especificamente, te recompensar quando você faz algo que promova vida, assim como comer alimentos ou conquistar algo que você lutou muito para conseguir. E a maneira que ele te recompensa é através da liberação de químicas em seu cérebro – principalmente uma chamada dopamina, e também outras como oxitocina.

Normalmente, essas químicas são muito úteis. Elas nos fazem sentir prazer e nos permite criar vínculos com outras pessoas, e elas nos motivam a sempre realizarmos atividades importantes que nos fazem felizes. O problema é que o sistema de recompensa pode ser sequestrado.

A maneira que substâncias como cocaína e entorpecentes fazem os usuários sentir-se bem é através da ativação do sistema de recompensa, liberando altos níveis de dopamina sem que o usuário faça o mínimo de esforço para conseguir isso. Quer saber o que mais faz isso? A Pornografia.

E essa bomba de dopamina causa muito mais que somente sensações. Como ela passa pelo cérebro, a dopamina ajuda na criação de novos caminhos cerebrais que essencialmente leva ao usuário a repetir aquilo que desencadeou a liberação de dopamina.

Quanto mais um usuário consome a droga ou um usuário de pornografia assiste a conteúdo pornográfico, mais esses caminhos consolidam-se no cérebro, tornando-se cada vez mais fácil ao usuário a voltar a consumir droga/pornografia, quer ele queira quer não.

Com o passar do tempo, a constante sobrecarga de químicas causa outras mudanças no cérebro. Assim como um drogado irá eventualmente buscar por cada vez mais drogas para se dopar ou até mesmo para se ‘sentir normal’, usuários de pornografia podem rapidamente desenvolver uma tolerância ao material pornográfico tendo em vista que o cérebro se adapta aos grandes níveis de dopamina liberados pelo consumo de pornografia. Em outras palavras, mesmo que assistir pornografia continua liberando dopamina no cérebro, o usuário pode não sentir seu efeito como antes.

Isso é devido ao fato de que o cérebro tenta se proteger contra a sobrecarga de dopamina reduzindo a quantidade de seus receptores químicos, os quais agem como pequenas luvas receptoras que captam a dopamina liberada. Com menos receptores, o cérebro ‘pensa’ que há menos dopamina e o usuário então não sente uma reação tão forte quanto deveria. Como consequência disso eles procuram por mais pornografia, procuram com mais frequência, ou procuram por versões mais extremas – ou todos os três – à fim de liberar ainda mais dopamina para se sentir excitados.

E uma vez que o usuário de pornografia acostuma-se com o cérebro pulsando com essas neuroquímicas, tentar cortar o hábito de consumo pode causar sintomas de abstinência, assim como as drogas. Enquanto muitas pessoas veem pornografia como algo normal, aversão atual da pornografia é um ‘jogo’ totalmente novo. Graças à Internet, a pornografia agora mistura a mais poderosa liberação de dopamina natural que nosso organismo pode produzir através de um coquetel de elementos – novidade interminável, choque e surpresa – tudo isso intensifica ainda mais a bomba de dopamina. E devido a pornografia online oferecer um caminho infinito de variedades, os usuários podem mudar para um novo conteúdo a cada vez que a sua sensação começa a decair, mantendo assim o elevado nível de dopamina por horas.

Descrevendo os efeitos da pornografia a um comitê do senado estadunidense, Dr. Jeffrey Stainover da Universidade de Princeton disse, “É como se nós tivéssemos criado uma forma de heroína 100 vezes mais poderosa que antes, manuseada na privacidade de sua própria casa e injetada diretamente no cérebro através dos olhos.”

Fonte: Fight The New Drug
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